O que é o índice IPCA no financiamento imobiliário? Confira aqui! (Fonte: Larya)

O que é o índice IPCA no financiamento imobiliário? Confira aqui!

07/06/2025

Uma das questões mais importantes ao comprar um imóvel é entender o índice que será utilizado no cálculo do financiamento imobiliário, ou seja, o índice pelo qual a taxa de juros das parcelas será calculada. Recentemente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se tornou uma das opções mais populares para financiamento, mas ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto. Continue a leitura e descubra todos os detalhes sobre o IPCA no financiamento imobiliário.

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O que é o índice IPCA?

O IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo) é o principal indicador utilizado pelo Banco Central (BC) para acompanhar a inflação da economia brasileira. Ele é calculado mensalmente pelo IBGE e foi criado no final dos anos 1970 para medir a variação de preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. O IPCA abrange itens como alimentação, habitação, transportes, saúde, educação, entre outros.

Além de ser utilizado para medir a inflação, o IPCA também é um indicador importante para corrigir investimentos, já que muitos produtos financeiros, como Tesouro Direto, Letras de Crédito Imobiliário e Fundos de Investimento, estão atrelados a essa taxa.

Como o IPCA é calculado?

O IPCA é calculado com base em dados coletados no primeiro ou último dia de cada mês. São levados em conta os preços de comércio, aluguéis e prestadores de serviço. A distribuição dos pesos dos itens é a seguinte:

  • Transportes: 21%
  • Alimentação e bebidas: 19%
  • Habitação: 15%
  • Saúde e cuidados pessoais: 13%
  • Despesas pessoais: 10%
  • Comunicação: 6%
  • Educação: 6%
  • Vestuário: 5%
  • Artigos de residência: 4%

Além disso, o cálculo leva em conta 16 das principais regiões metropolitanas do Brasil, com a seguinte distribuição de peso aproximado:

  • São Paulo: 32%
  • Belo Horizonte: 10%
  • Rio de Janeiro: 9%
  • Porto Alegre: 8%
  • Curitiba: 8%
  • Salvador: 6%
  • Goiânia: 4%
  • Brasília: 4%
  • Recife: 4%
  • Belém: 4%
  • Fortaleza: 3%
  • Vitória: 2%
  • São Luís: 2%
  • Campo Grande: 1%
  • Aracaju: 1%
  • Rio Branco: 0,5%

A média do IPCA é comparada com o período anterior, e também existe a média acumulada de forma anual.

Vale ressaltar que o percentual do IPCA está intimamente ligado à taxa SELIC, que é a taxa básica de juros usada para controlar a inflação no Brasil. Quando o IPCA está em alta, é uma indicação de que o consumo precisa ser freado. Já quando está em baixa, isso indica que o comércio precisa ser incentivado.

O que são as altas e baixas do IPCA?

Como mencionado anteriormente, as oscilações do IPCA são influenciadas pela taxa SELIC, mas também por outros fatores econômicos. Por exemplo, o aumento da exportação de uma safra de alimentos pode diminuir a oferta interna e gerar alta nos preços. Outros fatores, como a injeção de mais dinheiro na economia ou mudanças políticas, também podem impactar a inflação e o IPCA.

No caso dos imóveis, a valorização ou desvalorização também pode ser reflexo do IPCA, já que a inflação afeta diretamente o mercado imobiliário.

Como consultar o IPCA atual?

Para consultar o IPCA atual, basta acessar o site do IBGE, onde são disponibilizadas as variações mensais da inflação, além de outros indicadores econômicos e sociais importantes.

Outros índices que influenciam a inflação além do IPCA

Além do IPCA, existem outros índices que ajudam a medir a inflação em contextos específicos. Estes índices são usados para reajustar financiamentos, contratos e avaliar variações de preços em diferentes setores. Confira alguns deles:

  • INCC (Índice Nacional da Construção Civil): mede as variações nos custos de materiais, mão de obra e serviços da construção civil. É utilizado principalmente para reajustar financiamentos de imóveis adquiridos na planta.
  • IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo): avalia a variação de custos nos setores industrial e agropecuário, levando em conta as negociações entre empresas antes que os produtos cheguem ao consumidor final.
  • IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado): conhecido como a “inflação do aluguel”, o IGP-M reflete variações de preços nos setores de atacado e serviços, sendo amplamente utilizado para reajustar contratos de aluguel.
  • INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): mede o impacto da inflação em famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos e é utilizado para ajustes de salários, benefícios sociais e contratos de aluguel.
  • IPC-FIPE (Índice de Preços ao Consumidor – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas): calculado pela FIPE, esse índice acompanha o custo de vida de famílias da cidade de São Paulo com renda de até 20 salários mínimos, sendo útil para análises regionais.

O índice IPCA no financiamento imobiliário

O IPCA é muito vantajoso no financiamento imobiliário, pois a taxa de juros fica atrelada à inflação. Isso significa que, em momentos de estabilidade econômica, o financiamento pelo IPCA pode ser uma boa opção, com prestações iniciais mais baixas.

No entanto, como as parcelas não são fixas e sofrem reajustes mensais, é importante acompanhar as projeções de inflação para se antecipar ao possível aumento nas parcelas. O IPCA tem a vantagem de apresentar variações mais moderadas em comparação com outros índices, como o IGP-M, o que o torna uma alternativa mais previsível.

Se a inflação está controlada e você busca pagar menos no início do financiamento, o IPCA pode ser uma excelente escolha. No entanto, é fundamental acompanhar as previsões de inflação, uma vez que elas irão impactar diretamente o valor das parcelas.

Por fim, antes de decidir por um financiamento atrelado ao IPCA, é fundamental pesquisar as taxas mais recentes e as projeções de inflação para os próximos períodos. Como o IPCA é um índice oficial calculado por instituições governamentais, ele oferece um grau maior de transparência e previsibilidade para o financiamento imobiliário.

FAQ

1. O que esperar do mercado imobiliário em 2025?
O ano de 2025 traz um cenário misto para o mercado imobiliário: juros mais altos com a Selic projetada acima de 13%, o que encarece o financiamento, mas também abre espaço para novas oportunidades em segmentos como alto padrão, imóveis sustentáveis e locação.


2. Como a alta da SELIC afeta o financiamento imobiliário?
Com a SELIC acima de 13% ao ano, os bancos aumentaram as taxas de financiamento. Isso significa crédito mais caro, exigência maior de entrada (30% em alguns casos), e foco em compradores com mais renda ou capacidade de negociação.


3. Qual segmento segue aquecido apesar dos juros altos?
O mercado de imóveis de alto padrão segue forte, com destaque para o Nordeste, que registrou aumento de 28% na busca por imóveis de luxo em 2024. Esse movimento deve continuar em 2025.


4. Imóveis sustentáveis são tendência?
Sim. Há uma valorização crescente de imóveis sustentáveis, com sistemas de energia solar, captação de água e certificações verdes. Além de atrativos ambientais, esses imóveis costumam ter menor custo operacional e são mais valorizados na revenda.


5. O que é coliving e por que está em alta?
Coliving e flex living são modelos de moradia compartilhada ou flexível, ideais para jovens profissionais ou pessoas com estilo de vida mais dinâmico. Eles combinam praticidade, economia e senso de comunidade. A tendência é de crescimento nas grandes cidades.


6. Como a tecnologia impacta o setor imobiliário em 2025?
Ferramentas como inteligência artificial, realidade aumentada, assinaturas digitais e plataformas de busca inteligente estão se tornando padrão. Elas reduzem burocracia e aumentam a eficiência no processo de compra, venda e financiamento de imóveis.


7. O aluguel está em alta?
Sim. Com o crédito mais caro, muitas pessoas estão optando pela locação ao invés da compra. O mercado de aluguéis, especialmente de curta duração e contratos flexíveis, deve crescer ao longo de 2025.


8. O programa Minha Casa Minha Vida continua relevante?
Sim. Em 2024, o programa representou cerca de 50% das vendas de imóveis no país e continua como principal motor de habitação popular em 2025. As faixas de renda e subsídios atualizados devem manter a atratividade do programa.


9. Onde estão as maiores oportunidades para comprar imóveis em 2025?
Cidades com boa infraestrutura e polos emergentes como Centro-Oeste e Nordeste devem seguir valorizando. São Paulo e Rio de Janeiro ainda concentram grandes projetos, mas outras capitais ganham destaque pelo custo-benefício.


10. Como encontrar boas oportunidades no mercado atual?
A melhor forma é contar com dados de mercado atualizados, simulações realistas e assessoria especializada. A LARYA oferece uma plataforma completa com:

  • Simulador de financiamento

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