Home equity: o que é, como funciona e quais as suas vantagens
Índice
- O que é home equity
- FAQ
- Como funciona a carta de crédito na hora da compra?
- Como funciona o consórcio de imóvel para quem quer construir?
- Como ser contemplado no consórcio mais rápido usando o Lance Embutido?
- O que é consórcio e qual a diferença real para o financiamento bancário?
- Posso usar o consórcio para quitar um financiamento de imóvel existente?
- Qual melhor consórcio de imóvel: Bancos ou Administradoras Independentes?
08/11/2025
O mercado financeiro oferece diversas modalidades de crédito, cada uma com características e finalidades específicas. Entre essas opções, está o home equity, também conhecido no Brasil como empréstimo com garantia de imóvel.
Embora seja amplamente utilizado em países como os Estados Unidos, no Brasil essa modalidade ainda é pouco difundida, mas vem ganhando destaque entre pessoas que buscam crédito com taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento maiores.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara e detalhada o que é o home equity, como ele funciona, quais são as vantagens, quais tipos de imóveis são aceitos, as exigências mais comuns e por que ele pode ser uma excelente alternativa para quem precisa de recursos financeiros de forma mais acessível.
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O que é home equity
O home equity é uma modalidade de empréstimo em que o solicitante utiliza o próprio imóvel como garantia para obter crédito junto a uma instituição financeira. Na prática, significa que o proprietário coloca o bem como garantia de pagamento e, em troca, recebe o valor solicitado de forma única, com liberdade para utilizar os recursos como desejar.
Diferentemente de outros tipos de empréstimos, o home equity costuma oferecer taxas de juros reduzidas e prazos longos, podendo chegar a até 240 meses (20 anos).
A garantia imobiliária reduz o risco para o banco, o que permite condições mais atrativas para o cliente.
Um ponto importante é que, durante o período do contrato, o imóvel fica alienado à instituição financeira por meio de alienação fiduciária. Isso significa que, até a quitação da dívida, a propriedade formalmente pertence ao banco, embora o tomador continue usufruindo do imóvel normalmente.
Home equity x financiamento imobiliário
Apesar de ambos envolverem imóveis, home equity e financiamento imobiliário são produtos financeiros com objetivos distintos.
| Característica | Home Equity | Financiamento Imobiliário |
| Finalidade | Crédito livre, sem destinação específica | Compra de imóvel específico |
| Imóvel exigido | Já deve ser de propriedade do solicitante | Imóvel a ser adquirido |
| Uso do crédito | Livre: reforma, viagem, quitação de dívidas, investimento | Exclusivamente para aquisição do imóvel |
| Prazos | Até 20 anos | Geralmente até 35 anos |
| Taxa de juros média | Baixa, devido à garantia real | Variável, dependendo da linha de crédito |
| Garantia | Imóvel do tomador ou de terceiros | O próprio imóvel financiado |
Fonte: Larya
Enquanto o financiamento imobiliário é direcionado à compra de um bem específico, o home equity é indicado para quem já possui um imóvel e busca liquidez para qualquer objetivo, desde ampliar um negócio até financiar um curso internacional.
Principais vantagens do home equity
A modalidade apresenta benefícios relevantes em comparação a outros tipos de crédito:
- Taxas de juros mais baixas
Como o risco para a instituição financeira é menor, o custo do crédito também é reduzido. - Prazos de pagamento mais longos
É possível parcelar o empréstimo em até 240 meses, facilitando a gestão financeira. - Flexibilidade de uso
Não há restrição quanto à aplicação do valor, que pode ser destinado a:- Quitação de dívidas;
- Reformas e ampliações;
- Investimentos imobiliários;
- Abertura ou expansão de empresas;
- Estudos no exterior.
- Possibilidade de continuar usufruindo do imóvel
O bem permanece em posse do proprietário durante todo o contrato, desde que as parcelas sejam pagas em dia.
Requisitos para contratar o home equity
Para solicitar o home equity, é preciso atender a alguns critérios básicos:
- Composição de renda
A renda pode ser composta por até duas pessoas. Todos os proprietários do imóvel devem constar no contrato, seja como devedores ou como intervenientes garantidores. - Situação fiscal do imóvel
Não são aceitos imóveis com IPTU atrasado ou pendências fiscais. - Tipos de imóveis aceitos
São elegíveis imóveis novos ou usados, residenciais ou comerciais, terrenos e apartamentos em boas condições de conservação. Obras não estruturais são permitidas.
Terrenos e imóveis aceitos
O home equity também pode ser feito utilizando terrenos, desde que atendam a regras específicas:
- Terrenos devem estar em condomínio fechado em área urbana, comprovado por matrícula ou convenção de condomínio.
- O imóvel precisa passar por avaliação técnica para atestar seu valor de mercado e estado de conservação.
Imóveis não aceitos incluem:
- Lotes com construção irregular ou inacabada;
- Sítios e fazendas (exceto chácaras em áreas urbanas);
- Imóveis em regiões não urbanizadas ou em áreas de risco;
- Imóveis em processo de inventário;
- Terrenos rurais ou com cadastro no INCRA;
- Bens tombados.
Imóvel de uso misto no home equity
É possível utilizar imóveis de uso misto (residencial e comercial), desde que as duas finalidades estejam devidamente registradas na matrícula e comprovadas por laudo técnico e IPTU.
Cuidados e observações importantes
Antes de contratar o home equity, é essencial:
- Avaliar sua capacidade de pagamento
Embora os prazos sejam longos e as taxas menores, o não pagamento pode resultar na perda do imóvel. - Comparar propostas
Nem todas as instituições oferecem as mesmas condições. Analise taxas, prazos e custos adicionais. - Utilizar o crédito de forma planejada
Como se trata de um valor significativo, o ideal é aplicá-lo em finalidades que tragam retorno ou melhorem sua situação financeira.
O home equity é uma das modalidades de crédito mais atrativas para quem já possui imóvel e precisa de recursos para diferentes objetivos. Com taxas menores, prazos estendidos e liberdade de uso, ele se destaca frente a alternativas como o crédito pessoal ou o cheque especial.
No entanto, é fundamental compreender que o imóvel ficará como garantia até a quitação do contrato. Por isso, a decisão deve ser tomada com planejamento, considerando não apenas o valor a ser obtido, mas também o impacto das parcelas no orçamento.
Se você está avaliando essa opção, converse com especialistas da Larya para entender todas as etapas, simular valores e garantir a melhor negociação para o seu perfil.
FAQ
Entender como funciona carta de credito é essencial: ela equivale a dinheiro à vista. Quando você é contemplado, a administradora paga o vendedor do imóvel (ou os fornecedores da obra) diretamente. Isso lhe dá enorme poder de barganha para negociar descontos no valor do imóvel. Importante ressaltar que a carta sofre reajustes anuais (geralmente pelo INCC para construção ou IPCA), garantindo que seu poder de compra não seja corroído pela inflação enquanto você aguarda a contemplação.
Muitos têm dúvidas sobre como funciona consorcio de imovel voltado para obras. A dinâmica é flexível: você pode usar a carta de crédito primeiro para comprar o terreno e usar o saldo restante para construir. A administradora libera o dinheiro conforme o cronograma físico-financeiro da obra (medições de engenharia). Diferente de comprar uma casa pronta, aqui você tem o poder de negociação de compra à vista com fornecedores de material, maximizando o poder de compra da sua carta.
A grande dúvida é como ser contemplado no consórcio sem depender apenas da sorte. Além do lance livre (dinheiro do bolso), existe a estratégia do Lance Embutido. Nela, você utiliza parte da própria carta de crédito (geralmente até 30%) para ofertar o lance. Exemplo: numa carta de R$ 500 mil, você oferta R$ 150 mil da própria carta. Se contemplado, você recebe R$ 350 mil líquidos. É a estratégia mais eficiente para quem não tem capital disponível mas quer antecipar a liberação do crédito.
Para entender o que é consórcio, imagine um grupo de pessoas financiando-se mutuamente, sem a cobrança de juros compostos, apenas uma taxa de administração. Enquanto no financiamento você paga “o aluguel do dinheiro” ao banco (juros), no consórcio você paga pela gestão do grupo. Isso torna o Custo Efetivo Total (CET) geralmente muito inferior a longo prazo. É a modalidade ideal para quem busca como fazer um consórcio visando planejamento financeiro, seja para aquisição de terreno e construção ou compra de imóvel pronto, sem a urgência de mudança imediata.
Sim. Esta é uma das estratégias financeiras mais inteligentes para quem busca como fazer um consórcio de alavancagem. Se você já tem um financiamento bancário pagando juros altos, você pode entrar em um consórcio e, ao ser contemplado, usar a carta de crédito para quitar o saldo devedor do financiamento (Lei dos Consórcios nº 11.795/2008). Isso troca uma dívida cara (juros bancários) por uma dívida mais barata (taxa de administração), gerando uma economia significativa no montante final pago.
Não existe uma resposta única para qual melhor consorcio de imovel, mas sim o melhor para o seu perfil. Bancos tradicionais (como Caixa e BB) oferecem solidez, mas muitas vezes possuem grupos muito grandes, o que aumenta a concorrência nos sorteios. Já administradoras independentes (fiscalizadas pelo Banco Central) costumam oferecer maior flexibilidade em como funciona a carta de crédito, permitindo lances embutidos maiores e taxas de administração mais competitivas. A escolha deve ser baseada na saúde financeira do grupo e na média histórica de lances para contemplação.




